sexta-feira, 24 de agosto de 2012


Regressei de umas maravilhosas e merecidíssimas férias! Regressei e eis que me colocam à porta de casa um saco da Rádio Popular (desculpem a publicidade) com alhos caseiros. SIM! Um saco com alhos.


Desconhecendo a sua proveniência recolhi o dito saco e guardei-o na minha despensa na expectativa de que alguém ou se “chibasse” (dizendo ser uma oferta a mim dirigida) ou os procurasse (por inadvertidamente os terem deixado encostadinhos à porta da minha casa). Óbvio está que não os iria deixar onde os encontrei…

Esperei um par de dias e nada aconteceu… Decidi escrever e colar no elevador um recado informando os “caros condóminos” de que sou possuidora de um saco de alhos caseiros comercializados pela Rádio Popular e que julgo não me terem sido ofertados, agradecendo que o destinatário de tão criativa oferta se dirigisse até a minha casa para os ir reclamar. Pois bem, até agora nada! Ninguém se “chiba” e o papelito continua pendurado no elevador…

Será que a oferta era mesmo para mim de algum admirador secreto? Será alguma indirecta de alguém que me julga vampira, com mau hálito e problemas circulatórios?

Hmmmm…quer-me parecer que a oferta era destinada ao meu tão “educado” vizinho e que alguém por azar (azar dele) se enganou no andar…e agora não tem “ditos cujos” para tocar à minha campainha depois da figura triste que fez da última vez que me “visitou”…

Já me apeteceu abordar a questão de outras formas:

1. Colocar um cartaz à porta do prédio: “Trocam-se alhos por bugalhos”

2. Colocar uma nota: “Agradeço a oferta e como forma de retribuir a simpatia deixo aqui um saquinho de feijão” ou em alternativa “Todas as ofertas que contribuirão para as obras de insonorização da casa do Sr. X (o meu vizinho de baixo) deverão ser colocadas à porta do apartamento X (do meu vizinho de baixo)”

3. Desfazer as cabeças de alho e comprar uma fisga para acertar na vizinhança menos simpática (o meu vizinho de baixo)



Na verdade, este fim de semana, os alhos terão um final mais trágico: irão directamente para o contentor do lixo visto não saber a sua proveniência, assim à Sancho Pança: Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay.



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