terça-feira, 19 de maio de 2009

Porque?

Porque nunca me levam a sério quando digo: NÃO!?
Quando digo:
NÃO gosto!
NÃO quero!
NÃO me importo!

Porque sempre os desejos dos outros são mais válidos do que os meus?
Porque tenho de ser sempre eu a anuir?
Porque serei sempre eu a impulsionar o encontro?
Porque tenho de me deixar guiar pelos ponteiros do relógio?
Porque tenho, em todos os contextos, sempre alguém que me controla?
Porque tenho que vestir-me assim todos os dias?
Porque tenho que sentir tristeza? E dor?
Porque me pedem para sorrir para uns e posso escolher não o fazer para outros? Não serão todos iguais?
Porque ficam à espera que me comporte à altura das expectativas dos outros? Será que ficariam chocados se pudesse ser realmente eu?
Porque tenho que comer de faca e garfo? Se me sentasse no chão e comesse com as mãos, será que ninguém me seguiria?
Porque a minha palavra já não basta? Será que não entendem que ainda existem pessoas com valores?
Porque crescemos e deixamos de ser crianças?
Porque não posso comer a sobremesa juntamente com a sopa? Não terá tudo o mesmo fim?
Porque tanta seriedade, se o sol brilha lá em cima?
Porque amar é tão duro?
Porque não posso escolher “não fazer”?
Porque tantas obrigações, tanto controlo, tanto “tenho de”?
Porque sou assim? Não poderia ter escolhido ser de outra maneira?

Porque tanto desejo de ser livre?

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